Minhas mãos, calejadas, buscam fardos.
O mar bravio, ronca nessa praia,
Um albatroz, voando vem, se espraia;
Num cântico sereno, tantos bardos...
Meus pés estão feridos pelos cardos,
Conheço na castanha, a sapucaia.
Platéia preparou sonora vaia,
Mas sei quando noturnos, gatos pardos...
Conheço nas magias, as ciganas;
Percebo quando tentas, não enganas...
Teu jogo traiçoeiro foi brinquedo...
Vencido, fiz de morto, sem saberes;
Teu garbo, mentiroso, traz quereres
Que, no fundo, parecem arremedo...
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