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Friday, December 21, 2007

SONETOS 025

Amor que tão distante, já se espraia,
Singrando todo o mar, amor imenso.
Fazendo o coração distante praia,
No sonho deste amor, que é tão intenso...

Meu peito que vivera dor amarga,
Por quanto tempo imerso em pleno inverno.
Sentindo essa tristeza, dura carga,
O medo de sofrer o mal eterno.

Depois de tanto tempo tão sozinho,
Um coração que espera a vida inteira,
Encontra neste mar, seu novo ninho,
E nessa imensa praia, a companheira.

Eu quero o teu amor, esteja certa,
Com todo este esplendor: ilha deserta!

X

Como é bom contemplar teu belo rosto,
Ao vê-la, assim, passando pelas ruas;
Sentindo-me por certo, bem disposto,
Enquanto teus caminhos; continuas.

Meus olhos acompanham cada passo,
Sonhando com teus braços junto aos meus.
Tentando não consigo, mas disfarço,
Teus olhos que pedi, em prece a Deus.

A vejo tão solene e tão gentil,
Numa passada mansa e tão sublime.
Amor que se formara, quer ardil,
De forma que aprisione quem estime.

Eu sonho com teus beijos, tua chama;
Deitada sorridente, em minha cama!

X

Amar é suportar as diferenças,
Dançar conforme a música e sonhar...
Saber que tantos mares tantas crenças
E cada vez que cai, se renovar.

Amar é se saber bem mais distante
E perto ao mesmo tempo em que se esconde.
Trazer uma esperança radiante,
Pensar que se perdeu sem saber onde.

Em fartas emoções não se fartar,
Em loucas ilusões saber o rumo.
Vivendo o que pensara ser luar,
Ao mesmo tempo em que triste me arrumo.

Amar é não saber qualquer pecado,
Trazendo um paraíso ao ser amado...

X

Essência maviosa, intensa e bela
De todas as ardentes seduções.
Vivendo nosso amor na nossa estrela,
Sorvendo todas nossas emoções...

Ouvindo esse rugir do forte vento,
Que vem lá das montanhas, cordilheiras;
Amor que não me larga o pensamento,
Trazendo as emoções mais verdadeiras...

Invade todo o sonho, brados imensos...
Inunda todo o mundo, causa espanto.
Deixando meus sentidos todos tensos,
Escuto mansamente o largo canto.

E deste canto emana minha paz.
Amor que me faz tanto e tanto audaz...

X

Se nada mais restar o que farei?
Seguirei meu caminho tolamente,
Em busca do que sempre imaginei,
Sabendo que não trago nem semente...

Bastam-me sentimentos, meio a esmo,
Vivendo o que não tenho, nem teria.
Não sou e não serei mais o mesmo,
Adormecido e curtido em noite fria...

Não falo mais de certezas que não tenho,
Nunca tive e sequer poderei ter.
Do mundo sem futuro de onde venho,
Apenas a certeza de morrer.

Abraço teu fantasma, mas não vejo.
Amor que tanto fora meu desejo!

X

Floriam os jardins sob o luar.
Reflexos prateados em nossa cama.
Em todos os carinhos navegar,
Em todas as vontades, viva chama...

Nas asas da paixão, eternidade,
Nos olhos da ilusão, amores claros.
Nas pernas, nossas danças, claridade,
Desejos tão complexos e tão raros...

Envolto por teus braços, vejo a lua;
Estrelas salpicando nosso chão,
Desenham tua pele bela e nua,
Transportam para o quarto uma amplidão.

Viajo com os lábios, as estrelas,
Abrindo o coração, irei contê-las!

X

AMO VOCÊ!

Peguei a montaria deste vento,
Em cima do corcel que tanto sonhas...
Amada, como é belo o pensamento,
Trazendo tantas luzes mais risonhas.

O caminho que leva, o bem querer,
Me deixa em tua casa toda noite....
Vivendo tanto amor que vou viver
Impeço que te invada o frio, açoite...

Princesa, com certeza, serás minha;
O tempo que durar a nossa vida.
A noite sem teus olhos, tão sozinha;
A lua se despede, tão perdida...

Eu tenho tanta coisa pra dizer,
Resumo numa só: amo você!

X


Eu quero uma canção que me acalante,
E faça com que possa adormecer,
De cores verdadeiras, dor espante,
E que me ajude sempre, pra valer...

Eu quero essa canção que não se canse
De sempre acalantar quem já sofreu,
Que em todas as distâncias sempre alcance
Ouvidos de quem teve e se perdeu...

Eu quero na canção que me preparas,
Acordes que me acordem, me dominem;
As notas misturadas, perlas raras,
Que ao mesmo tempo mostrem, descortinem;

O futuro mais brilhante que sonhei,
Ao lado da mulher que desejei...

X

Através dessas formas, das visões
Que sempre adivinhava meu desejo;
Palpitam sem sentido corações
Num turbilhão divino onde te vejo.

Surgiste neste céu, estrela amada;
Rolando qual cometa, confundindo.
A noite sem te ter, não vale nada,
Aos poucos teu amor me decidindo.

Rasgando este universo, alma infinita,
Queimando nestas sombras, meu mormaço.
De formas delicadas; tão bonita,
Domina certamente cada espaço.

Aspiro teu amor a cada dia,
A cada pensamento e poesia!

X

Vivendo as ilusões da mocidade,
Exponho os sentimentos mais profanos.
Amores que desejo; imensidade,
Que neguem totalmente os abandonos.

Na curta duração de nossa vida,
Pondero com Fortuna, os meus anseios.
Não quero a juventude enfim perdida,
Vivendo em tempestade meus receios...

Eu quero tanto amor que possa vir,
Não mais que esse favor da minha sorte.
É tudo que consigo transfundir
Da vida em minhas veias, meu suporte...

Eu quero teus suspiros de prazer,
Promessas de que, enfim, possa viver!

X

Meu sonho penetrando no meu peito,
Um bravo deus emerge do passado.
Tramando cada dia mais perfeito,
Empurra meu amor para o teu lado...

Caminhos de florais tão olorosos,
Perfumes que roubei de teu jardim
Os campos perfumados, dolorosos,
Um mundo de prazer dentro de mim.

Meu sonho vai tomando toda a casa,
Deitando-te na cama que pensei.
A vida assim depressa já me abrasa,
Nas chamas do teu corpo mergulhei..

Amor vem invadindo, me incendeia
Floresce no meu sonho, em lua cheia...

X

Amor manancial forte e divino
De forma tão sutil, belo e augusto;
Na fonte do desejo cristalino,
Renasce um sentimento tão robusto.

Invade sem ter pena a mente humana,
Sereno, nos demonstra a liberdade.
Tanta sinceridade nos emana,
Ao mesmo tempo traz felicidade.

Amor universal, gigante, imenso.
Imanta tão diversas emoções.
Transgride tantas normas, vai intenso;
Criando em nossos sonhos ilusões.

Amor de eterna vida, em nossos dias;
Reflete nossas dores e alegrias...

X

Não quero essa amargura, amada lua;
Saudades dos seus raios prateados.
Beleza feminina sempre nua,
Os raios tão perfeitos, encantados...

Não quero essa tristeza, sem luar...
Dançando com os galhos do arvoredo,
Ensina-me querida, a tanto amar.
Desvendo devagar, os seus segredos...

Não quero tanta dor, querida amante.
A fantasia imensa que me trazes.
Embora quase sempre é inconstante,
Mulher que se demonstra em loucas fases...

Ó lua, meu amor por ti não cessa,
Espero teu carinho, vem depressa!

X

ESTOU APAIXONADO POR VOCÊ!

Se eu fosse essa serpente assim sedenta,
Que toca no teu corpo invade tocas;
Vivendo essa paixão tão violenta,
Caçando meus caminhos, tantas locas.

Virias com delírios ou rancores,
Saberias vontades de te ter.
Explodirias tantos estertores,
Cevando nossa vida em teu prazer.

Enrosco minhas pernas, tuas coxas;
Nos olhos revirados, flamejantes.
As marcas das mordidas, rubras, roxas,
Nas ânsias, nos carinhos latejantes...

E a serpe louca e quase sem juízo,
Por certo levaria ao paraíso...

X

Tua boca voraz me toma inteiro,
Pantera que me encanta e me devora.
Fazendo de meu corpo teu canteiro,
As vias do prazer, cedo decora.

E corta com as garras carinhosas,
No desejoso grito de vingança.
As noites são assim, deliciosas,
O céu em pouco tempo já se alcança...

Uivos loucos, luxúria, gozo e cio.
Nos olhos da pantera sem sarcasmos,
Prazeres se demonstram, cessa o frio,
Em bocas e sussurros, seus espasmos...

Deitada do meu lado, a dor descarta,
E dorme, calmamente, mansa e farta...

X

AMADA...


E Vênus procurava quem seria;
Aquela que por ter delicadezas
E formas que gerassem alegria,
Dentre todas as damas e princesas.

Encontrou teu sorriso mais dileto,
Encontrou tuas formas, maviosas.
Percebendo que amor pra ser completo
Traz espinho e perfume, lembra rosas...

Por isso, minha amada, te escolhi,
Companheira das dores, fantasias;
Da doçura que mostras, percebi,
Amargura que trazes noutros dias...

A beleza que emanas, corpo e alma,
Ao mesmo tempo dói, mas logo acalma...

X

Deitada em minha cama, tão lasciva,
Carnívora, insensata e mais voraz.
A noite que passamos, convulsiva,
Nas ânsias deste amor, bem mais audaz.

Os seios tão macios, cios, bocas...
Prolífero desejo canibal.
Palavras vão saindo sempre roucas,
As pernas se entrelaçam no final...

Numa explosão fantástica, as estrelas,
Encharcam nossa cama, sem juízo,
Procuro, sem sucesso, em mim contê-las,
Em nosso amor, sem tréguas fanatizo,

E quero em cada noite mais e mais,
Amor assim eu sei, nunca é demais!

X

Os versos em que nego fingimento,
Compostos em palavras mais sinceras.
Espero que não sejam como o vento
Nem como um sentimento solto às feras.

Eu quero meu amor por ti, sentido,
Com a doce certeza que contém.
Não deixe que me leve o triste olvido,
Impeça que te venha o vil desdém.

Eu quero nosso amor pleno em ternura,
Sabendo-se real contentamento.
Imerso em tal beleza e em brandura,
Vivendo sem sequer um sofrimento...

Eu quero o vivo amor que não desfaz,
Trazendo em tempestades, toda a paz...

X

Donde vinha a tristeza tão estranha
Que dominou, por vezes, minha vida?
Subia, em vertical, com dor tamanha,
Deitada tão somente, em voz perdida...

A dor que simplesmente me tomava,
Vertida nas sessões de nostalgia.
Um anti-sol que sempre iluminava,
Formando um só delírio em fantasia...

Minha alma arrebatada, quis fugir.
O campo das estrelas, meu descanso.
Seguido tal cometa sem pedir,
Os olhos infinitos; não alcanço...

Meu lenitivo em forma de ungüento,
O nosso amor, sereno e violento...

X

Tão grande meu amor, descomunal,
Desperta um sentimento mais feliz.
Rolando meu desejo pelo astral,
Saudade deste amor que sempre quis.

Não quero a sensação de estar sozinho,
Eu quero o teu amor bem junto a mim.
Perdendo essa noção de ter um ninho.
Vivendo sem certezas, sou assim...

Eu sinto a forte brisa do passado,
Eu sinto o gosto doce da emoção.
Amada, como é bom te ter ao lado,
Trazendo pr’essa vida uma ilusão...

Eu quero teu amor singrando espaços.
Deitado, sutilmente nos teus braços!

X

Eu quero a sedução destes teus olhos,
Eu quero esta beleza feita flor
Que traz tanta alegria, tantos molhos,
E faz brotar assim, meu grande amor...

Eu quero neste orvalho matinal,
Matar a minha sede e meu desejo.
Levando a fantasia no embornal.
Deitando em meu amor, um doce beijo...

Sonhando com amor, distante mundo,
Carinhos que preciso quando afagas.
Deste dilúvio, tonto, já me inundo,
Buscando teu amor, infindas plagas...

Eu quero ser acaso sem ocaso,
De tanto amor que tenho, até me caso!

X

Meu coração dispara pensativo,
Lembrando deste amor que me deixou,
Na rosa que vivia não mais vivo,
Saudades deste tempo; mas já vou...

Não posso me prender aos falsos sonhos,
Nem posso destruir o que não veio.
Ressurjo nos caminhos mais risonhos,
Em busca de teus mares, sem receio...

A vida assim passando, se completa
Nos tantos que vivemos sem temer.
Se penso que talvez seja poeta,
Eu quero, no teu mundo renascer...

Espero por momentos de alegria,
Trazendo ao nosso amor, a poesia...

X

Na volúpia das noites que tivemos,
Rolando em nossa cama, sem segredos.
Ardentes nossos sonhos, pois sabemos,
Que a vida não permite tantos medos...

Eu quero essa nudez que me prometes,
Na cama que sonhamos abandonos...
As histórias de amor não mais repetes,
Não somos nem escravos, sequer donos...

Nós somos complementos, sem temor.
Nós somos igualdade e divisão.
Amamos com certeza o mesmo amor,
O sangue em diferente coração.

Agora não consigo mais fugir,
Do amor que sempre foi de repartir..

X

Os teus olhos tão profundos
Nessa noite, meu luar...
Depois de vagar mil mundos
Tanta beleza encontrar!

Nos meus sonhos de amores,
Nas esperanças de amor;
Esquecendo tantas flores,
Encontrei a magna flor.

Tens o gosto que procuro,
A maciez que sonhei.
Tanto amor assim, eu juro;
Nesta vida, não pensei...

Neste amor que sempre quis,
Certeza de ser feliz!

X

Amor, quando penetro em tal floresta,
Meus sonhos se desfazem sem sentido.
De tudo que quisera, nada resta,
Depois de tanto tempo, decidido...

Visando uma saudade que não quis,
Vivendo uma quimera que não pude.
Por mais que se quisera ser feliz
A dor dentro do peito é triste e rude.

Não sabes do que tive no passado,
Não sabes do que trago em minha mão,
O canto que pensara aprisionado,
Aos poucos se liberta em teu perdão.

Amar é navegar sem ter fronteiras,
Trazendo as tempestades, companheiras!

X

Segredo não desvendo nem segrego,
Apenas não consigo transbordar.
O canto prometido, sem sossego,
Levanta minhas velas, leva o mar...

Amor que me sacode, impertinente,
Não deixa minha nave vir serena.
O quanto que te amei, amor pressente,
A vida que queria, de amor, plena...

Quem fora meu princípio será fim,
Quem fora precipício, salvação.
O mundo que guardei todo pra mim,
Em volta do teu mundo, sem perdão...

Amor que em minhas pernas se enroscava ,
Carregando minha alma, como escrava...

X

Depois destes meus versos que te fiz,
Depois deste meu tempo, enfim, sozinho.
Sonhando eternamente, ser feliz,
Percebo em minha flor, dorido espinho...

Não chore, minha amiga, estou aqui.
Não deixe que a saudade te maltrate,
Bem sabes que também já me perdi,
A dor que nos desfaz, nosso combate...

Querida tantas vezes fomos sós
Os ombros se apoiando mutuamente,
De tanto que sofremos, nossos nós
Estão guardados; firmes, nossas mentes...

Amiga em teu carinho, meus carinhos.
Decerto não estamos mais sozinhos!

X

Amor que tantas vezes me promete
O sonho que não trouxe, na verdade.
Por tantas vezes, triste me acomete
Saber de que vivera em falsidade.

Amor que imaginei ser mais audaz,
Por certo se escondeu dentro de ti.
Amor vai se mostrando assim falaz,
Eu sinto que este amor eu já perdi.

Mas nada desanima um coração
Que em versos vai buscando nova fonte.
Em meio às alegrias, o perdão,
Trazendo um novo sol neste horizonte...

Das folhas que se secam as sementes,
Brotando nos amores mais ardentes...

X

Amar demais assim nunca faz mal,
Se sabes que este amor também te quer.
Porém como uma regra universal,
Precisa ter amor se amor quiser.

Delícias que senti nas nossas noites,
Ligeiras esperanças se mostraram.
Chamando nossas almas pr’a pernoites
Que sempre em tantos dias demoraram...

Queimando nossas faces, os prazeres,
As bocas se procuram, sem parar.
Amada como é bom sabor, saberes,
Banquete dos desejos de te amar...

Eu quero teu amor pra sempre assim,
Amor quando é demais nunca tem fim...

X

Minha retina ofuscas com teu brilho,
Tu és todo esse encanto, minha fonte...
Meu sonho te seguindo perde o trilho,
Procuro pelos rastros no horizonte...

Nos mares e nos céus, altas montanhas,
Amor já preparou sua emboscada,
Em busca destas luzes, sim, tamanhas,
Encontro com minha alma apaixonada...

Eu quero teu amor bem mais que pude,
Nas loucas caminhadas mais soturnas...
Por vezes te pareço um tanto rude,
São as ânsias divinas e noturnas...

Entendo tanta dor que não pretendo,
Nos braços de quem amo, vou morrendo...

X

Procurar sem parar amor primeiro
Que me traga o mar, fogo e tempestade.
Que seja nossa cama o cativeiro
Que tenhas teu desejo, uma vontade...

Estando no teu braço, ganho a vida,
Estando nos teus sonhos, sou feliz.
A noite que tivemos, foragida,
Num átimo se fez o que se quis.

Eu quero em ti, vagar perpetuamente.
Buscando em tal naufrágio, sedução.
E refazer amor, continuamente,
Vivendo intensidade da emoção.

Eu quero mergulhar no amar profundo,
Sentindo o meu amor, maior do mundo...

X

No templo deste tão imenso afeto,
Incertos pensamentos buscam colo.
Amar passou a ser meu predileto
Sentido que, com ele, me consolo.

Nas bárbaras loucuras que fazemos,
Nos loucos sentimentos que trocamos.
Aos poucos os sentidos nós perdemos,
Depois de tantas lutas, nos amamos.

E sinto teu prazer em profusão,
Gritando nos orgásticos momentos.
Vivendo tão intensa, essa paixão,
Que emerge nos desejos mais sedentos.

Eu quero mergulhar nesse oceano.
Livrando nosso amor de cada engano...

X

Tu és tão bela, amada primavera.
As flores que nasceram em teus braços,
Formando uma alegria que me espera,
Deitando meu calor em teus abraços...

Essa luz na alma, mansamente acesa,
Aumentam os assédios da ternura.
Amor que é tão fugaz se torna presa,
Nas magas soluções duma candura...

O vício de buscar tanta beleza,
Por vezes, nos cegando esconde o belo.
Precisa-se saber com tal firmeza
Que amor nunca se esconde num castelo.

No lago mais vazio, com certeza,
Encontro o meu amor, minha princesa...

X

Amores em cristais rememorados,
Nas ânsias dos desejos mais altivos.
Abraços de casais enamorados,
Mantendo os sentimentos sempre vivos...

Sem nuvens estes céus comemorando,
A noite que se criva em diamantes.
Assim como os casais, vou namorando,
Aquela que sonhei, sonho abrasante.

Deitada no meu colo, tão serena,
Desnuda e tão dolente, minha amada.
A noite de vazia fica plena,
A vida fica lúbrica, encantada;

Amada, como é bom estar contigo,
Amor que é sem juízo e sem castigo...

X

Amor, um fulminante sentimento,
Lavrado no triunfo da verdade.
Sabendo-se forjar do sofrimento,
Roubando desse escuro, a claridade.

As marcas que deixaste; meu amor;
Ocupam coração, ocupam mente.
Lembrando-me do olhar tão tentador,
Descubro o seu agir, mais sabiamente.

Domina minhas mãos, meu riso e glória.
Amor que se demonstra onipotente,
Reverte todo o rumo desta história;
Como um celeste sólio reluzente.

Vou louco, mudo, mísero, perdido,
Aos braços deste amor, com dor ungido...

X

O meu canto ideal, enlanguescente,
Cintila nos teus olhos, tranqüiliza...
Tramando meu sonhar resplandecente,
Sereno e tão macio feito brisa...

Numa limpidez tanta que me acalma,
Transportando o teu nome pelo espaço.
Reflete toda esperança de minha alma,
Incrustada nos versos que te faço.

O meu canto ideal ter trará paz,
A mesma paz que quero nos meus dias.
Poder saber que nunca fui capaz
De poder te negar tais fantasias...

Louvando essa beleza, intensa e pura.
O canto que proponho à formosura!

X

Os amores gentis procuram lumes
Nos olhos mais sinceros que se acendem.
Tal qual todas as flores e perfumes
Que em tua bela tez já se recendem.

E todos meus desejos sequiosos
Procuram em teu corpo uma candura.
Sabendo que teus olhos luminosos
Irradiam as formas da ventura...

Nos céus que me promete, minha amada;
No colo em que busquei delírio e gosto.
Da força que me traz doce cilada,
Beleza formidável do teu rosto....

Nestes amores nossos, tão gentis,
Por certo encontro um fim: ser mais feliz!

X

Amor que nos sufoca e deixa louco,
Não vê que a claridade quer espaço.
Um peito tão gemente grita rouco
Querendo uma alegria sem cansaço.

Querida, não precisa assim temer,
A vida que te entrego por inteiro.
Amor tanto desejo enfim te ter,
De tantos sentimentos, o primeiro...

Amor não se discute, só se vive;
Amor não se maltrata, se semeia.
Caminhos que passei, por onde estive,
Ficaram noutra vida, como alheia.

Eu sinto tua falta a cada dia,
Por isso meu amor; mais alegria!

X

Amiga não permita a tirania
Que certas amizades nos impõem.
Castrando assim a nossa fantasia,
Aos poucos asfixia e decompõem.

Mordazes sentimentos não combinam
Com doces emoções e tanto apego.
As vidas tão unidas se destinam
A transmitir a paz e o sossego.

Eu quero teu carinho libertário,
Não quero teu amor que me sufoque.
A lágrima não cabe no cenário,
Uma amizade busca um outro enfoque.

Eu quero a plenitude sem tormento,
Não quero uma fogueira em fogo lento...

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