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Friday, December 21, 2007

SONETOS 004

A manhã me trazendo seus albores
E seus raios solares... sensação
Da abelha fecundando essas flores,
Na eterna primavera... coração!

A manhã, companheira dos amores,
Refaz a nossa vida, é solução
Para os noturnos medos, seus horrores,
Abrindo a porta, fecha a solidão!

Há tanta coisa mais interessante
Que acompanha os solares raios, vida...
As libélulas, pássaros, as cores...

Nossa vida passando em um instante...
A tristeza anestésica, esquecida...
A manhã vem trazendo seus albores...





Dançando nas esferas e nas ruas
As nuas melodias e os sonhos,
Que fazem de meus olhos mais risonhos
E em plenas alegrias continuas
As Ruas e destinos são festejos
Realejos dos meus tempos de criança
Quem me dera se todos os desejos
Realizassem por certo uma esperança
Mas, nada , estou assim muito feliz,
Sabendo que virás ao fim do dia.
O brilho dessa vida, sempre quis.
Revivendo invadindo a poesia
Trazendo, ao fim da vida, uma alegria!

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AH! COMO EU PODERIA TE DIZER
DA SENSAÇÃO CRUEL DESSA SAUDADE
DIZER-TE QUE, SEM TI , MELHOR MORRER!
VOU PROCURAR-TE EM TODA CLARIDADE.

JAMAIS EU SABERIA QUEM HÁ DE
INFORMAR A ESSE LOUCO SEM PORQUÊ
EM QUE CANTO, EM QUE RUA NA CIDADE
EM QUE MUNDO ELE SOUBE TE PERDER?

AGORA QUE AS PALAVRAS SÃO NEFASTAS.
AGORA QUE MEU MUNDO JÁ PERDI
QUANTO MAIS ME APROXIMO, MAIS T'AFASTAS

MAIS SINTO A ANGÚSTIA MAIS CRUEL, SORRIR.
SE, QUANTO MAIS DE DOR, MEU PEITO, ABASTAS;
SUPLICO, POR FAVOR, O AMOR EM TI





a estrela acendendo no meu sonho
Em brisas, maciez, em plena festa.
De tudo que sonhei, nada mais resta,
Senão o meu caminho sem promessas
Estrela que vivendo nas avessas
Transforma meu viver mais enfadonho...

Abraço tal estrela que não sente
Abraços nem sementes que perfumo,
Esqueço meu caminho, caço o rumo
E nem amar estrela mais consente.
Quem dera se pudesse, ouviu estrela,
Viver mesmo que, embora, só chorando,
A lua que te trouxe, iluminando,
E nada mais fazer senão vivê-la!


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Amor, que se fazendo em meus cuidados
Se torna quase sempre um instrumento
De sonhos e de cantos mais velados
Ecoa no meu peito um sentimento.

Divinos os teus rastros que percorro
Amares nunca dantes percorridos
Escapo numa escarpa, monte, morro.
Rochedos dos meus sonhos vãos, perdidos.

Mas, sendo quem não fora, quem me dera
Ser mar e navegar teu coração
Buscando em meu outono, a primavera
Pedindo, nos meus versos, teu perdão.

Amor que me maltrata, mata e cura,
Perdi a minha vida, na procura...

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Destino sempre prega tanta peça,
Embora muitas vezes surpreenda
Na vida quase nada que te impeça
Recebes com carinho em tua tenda.

Porém se amores mostram suas caras,
E mordem como fossem violentos.
Os sonhos mais difíceis anteparas
Em busca dos divinos, bons ungüentos.

Vivendo deste amor qual peregrino
Que trama sem saber do seu caminho.
Amor por ser amor, faz seu destino.
E nele mesmo incrusta fim e ninho.

Ao menos se escutasse minha prece
Mas tolo coração, não obedece!

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Querendo teu amor como te quero
Espero que me queiras afinal
Querer que tanto trago, querer gero;
Em versos dedicando bem e mal.

A mente me remete a manso credo
Vencido pelas tramas do querer
Nas sendas do querer já me enveredo
Embora tantas lutas, vou vencer.

Não pense que compensa essa batalha
Em campos delicados sem peçonha.
Querer quando nos quer a dor espalha
E traz o nosso amor, quando se sonha.

Mas desarmado vou para o teu lado
Somente de querer-te bem, armado...







Longe de ti percebo a solidão
Verdades e mentiras são falsárias
Amores se viverem sem perdão
Nas dores sempre encontram adversárias

Se não te importas sinto tal tormento
Que quase me enlouqueço sem prazer.
Vivendo por viver já não agüento
Os males que me invadem todo o ser.

Estando junto a ti por outro lado,
Esqueço minhas dores, ressuscito
Amor p’ra ser amor ama o amado
Com gosto, no segundo, do infinito.

Por isso te pretendo como um todo
Sem teu amor, decerto, frio e lodo...





Persigo meu amor sem ter paragem
Em vastas caminhadas de minha alma
Por dentro deste amor, minha viagem,
Ao mesmo tempo dói e tanto acalma.

Sentindo teu desdém, me desespero
E quase me entregando, sem sentido,
Ao mundo que perdido não mais quero.
De tanto amor que sempre tem havido.

Ávido de saber por onde andaste
No tempo em que vivias outras trilhas
Nem sinto, mas causando tal desgaste,
Revivo tais saudades maltrapilhas.

Bem sei que nada mais resta do fato,
Queimaste da gaveta esse retrato...






Emano tanto amor por cada poro
Sempre, quando te vejo louco fico.
Nos olhos que me mostras, me demoro,
Em tanto amor que tenho me edifico.

Mas sabes que não volto sem perdão
Por isso te proponho nova vida.
Abrindo com certeza o coração,
Pedindo, por favor, não mais divida.

Se nada saberia te dizer
Pedindo-te que fiques por aqui.
Achando-te começo a me perder
De amores que mais livre, me prendi.

Por Deus, abençoada a minha sorte.
Eu te amarei querida até na morte!





A vaidade fere a quem amamos
Tomando de soberba o coração.
Por noites, madrugadas procuramos
Amor que nos transmita uma emoção.

O mar quando se quebra em quente areia
Acalma esse calor que queima tanto
Teus olhos, o meu peito se incendeia,
Só beijos e desejos meu encanto.

Encantos que me trazes, minha amada,
Não vejo solução senão amar-te
Na cama que nos trouxe essa alvorada
Do amor, vasculharei parte por parte.

Eu amo teu amor com tal fartura,
Preenche minha vida de ternura...






Recebo teus carinhos como a luz
Seduzido afinal não tenho escolha.
Amor como uma flor que me seduz
Deixa-me essa tristeza de ser folha.

Orbito tão calado sobre a flor
Que traz a primavera com certeza.
Vivendo o que vier, mais puro amor.
Calando-me diante da beleza.

Querer-te não é mais que ser feliz
Buscando a maravilha, te encontrei.
No mundo tantas flores sempre quis
De espinhos, nesta vida, me cansei.

Agora que te vejo perto, assim,
Percebo que sou dono de um jardim...







Amor da minha vida, que bom ter
Teus olhos em meus olhos, espelhares.
Sabendo conhecer em ti meu ser
Trazendo p’ro meu quarto, tais luares.

Amor de minha vida tão sozinha.
Espero que te faça mais feliz,
Por tanto tempo quis que fosses minha
Em todos os meus dias sempre quis...

Vieste salvadora como a praia
Que o náufrago deseja como em sonho.
Peço-te que jamais da vida saia,
Não quero mais viver tão enfadonho.

Só peço meu amor se eu, imperfeito,
Te ferir, me desculpe, eu sou sem jeito...







Se os versos que te faço forem vãos,
Desculpe mas não quero te ferir.
Espelham os carinhos dessas mãos
Que em preces sempre vêm te pedir.

Perdão pelos meus erros infantis,
A flor não se maltrata, mas se rega,
Portanto em tantas mágoas, infeliz,
Minha alma muita culpa já carrega.

Por ter te magoado, assim, querida.
Por não ter me lembrado, sem cuidado,
Do bem maior que trago em minha vida.
Por isso esse meu verso machucado.

Desculpe meus ciúmes anormais,
Meu erro, com certeza, amar demais!






Se durmo no teu colo minha amada
Acordo satisfeito, extasiado.
Se trago no meu peito essa alvorada
Que faz o meu viver iluminado

Decerto neste amor eu posso crer
Resume minha vida num momento.
Momento de melhor te conhecer
Raiando nesse céu, no firmamento...

Vaguei por quase todo esse infinito
Em busca duma estrela que me desse
Amor maior, meu verso mais bonito
Que em tantas cores belas já se tece.

Depois de tanta queda e de tropeço.
Estavas bem aqui, desde o começo..







De amores vou perdido pelo mundo
Percorro tantos astros que nem sei.
De tudo que te falo, já me inundo,
Da vida que sem tréguas eu busquei.

Paixão que me arrebata e me domina
Não deixa nem sequer achar o rumo.
Perfumando tua alma cristalina
Retendo dos prazeres todo o sumo.

Amar demais passou a ser a meta
Que traz o meu caminho mais florido
Por isso em minha voz, canta o poeta
Sem amor nada faz sequer sentido.

Amores percorrendo os universos
Vibrando nos desejos dos meus versos!





Apaixonadamente me perdi
Nos braços mais gostosos deste mundo.
Pois sempre desejei estar aqui
Nesta casa, contigo, num segundo...

Estrela incandescente, Deus me deu
Trazendo uma alegria sem igual
Acendes o luar no olhar que é meu
Fazendo a poesia natural.

Amando teus cabelos, tua boca.
Sorrisos que em minha alma já descansam.
As ânsias de te amar na vida louca,
O paraíso pleno sempre alcançam...

Pois sabem que encontraram o luar,
Ansiosamente vivem para amar...







Não venha me falar que não me espera
Espero teu carinho há tantos anos...
Vivendo pleno amor, ah! Quem me dera
A vida não teria seus enganos.

A boca que me beija e me alucina
Em versos declinados, te proponho.
A lua que por certo te ilumina
Nascida na delícia deste sonho.

Amada como é bom estar contigo!
É mansidão em meio a tempestade
Não temo mais a dor, assim prossigo,
Deixando ali num canto, uma saudade.

Amor que sempre trago no meu peito.
Certeza de morrer mais satisfeito...






Mergulhando nos sonhos mais bonitos
Abraçando minha deusa tão amada.
Voando por espaços infinitos
Em busca da manhã iluminada;

Os raios deste sol brilhando tanto
Trazendo uma esperança, vivo amor.
Envolto na alegria, enfim te canto
E roubo deste sol todo o calor.

Amada como é bom viver contigo
Sem medo do tormento e da saudade.
Aqui, eu já pressinto, sem perigo,
Eu posso conhecer felicidade.

Amada, vem comigo, eu te proponho,
Na noite viajar, planeta sonho...






Quando te conheci, eu não sabia
Que tudo que sonhara estava ali,
Decerto, minha vida tão vazia,
Em tantos pesadelos, me perdi.

Agora que conheço a fantasia
De ser feliz somente ao lado teu.
Vivemos num momento de alegria
A luz que me ilumina e cessa o breu.

Teus olhos, com certeza, luminária
Dos sonhos que sonhei na minha vida
Alegria que fora imaginária
Renasce nos teus olhos, sim, querida.

Como é bom poder sempre, enfim te amar.
Encontrei, em ti, todo o azul do mar...





Tantas vezes choraste, isso eu bem sei.
Nos erros cometidos, por amor.
Incrível mas eu sempre magoei
Tentando não causar nenhuma dor.

Se faço do meu verso uma quimera,
Desculpe nunca quis te machucar.
A vida quando em lágrimas tempera
Impede nossa lua de brilhar.

Como eu te amo! Acredite, isso eu te imploro!
Errando tantas vezes sem querer,
Nas lágrimas que corres, também choro
Às vezes dá vontade de morrer.

Morrer de amar bem mais do que confesso;
De tanto amar, amor, é que tropeço...






Tempo em que fui feliz, ah! Que saudade!
Tinha tantas alegrias, quem me dera
Se sempre fosse assim, felicidade.
Só viver numa eterna primavera.

Porém, a vida passa e nos maltrata
Depois de certo tempo, nada fica...
Os olhos espreitando essa cascata
Que mais que tudo, sempre santifica.

Agora em minha vida, só tristeza
O mundo que sonhara se desfez.
Mas resta, dentro da alma uma certeza
De ser feliz quem sabe, uma outra vez...

Amor quando chegaste talvez mude
Pois irá trazer linda juventude!







Os teus olhos querida, maravilham
Transportam pensamento para o céu.
Montado nos teus olhos, qual corcel,
Os rumos do infinito, já se trilham...

Querendo em teu olhar, a liberdade,
As asas dos teus olhos, na amplidão
Podendo conhecer felicidade
É tudo o que comanda o coração.

Nos olhos tão felizes, sensuais,
O vôo sobre as terras do querer.
Pressinto, minha amada que jamais
As dores nessa vida volto a ter.

Eu vejo enfim, brilhando neste astral,
A dona desse olhar angelical!






Seus beijos, delícias tão ardentes...
Que queimam num prazer alucinante.
Vivendo nesses beijos as correntes
Atadas como em brasa a minha amante.

Cada vez que vejo seu sorriso
Os dentes, os seus lábios carmesins,
Eu sinto, num momento, o paraíso
Repleto em tantas flores e jardins.

Seus beijos alucinam e me queimam
Num louco incendiar que não domino.
Meus lábios sequiosos sempre teimam
E nos seus lábios carnudos me alucino....

E peço que não finde mais o jogo
Pois vibro se me dá beijos de fogo...







Eu tenho um sonho vivo dentro da alma
De ser feliz decerto por um dia.
A noite dentro em mim quando se acalma
Somente quando encontro a fantasia.

Do amor que nunca veio mas desejo...
Carinhos se procuram, mansamente...
No sonho te percebo, doce beijo,
Que mesmo quando acordo está na mente...

Sonhando belos prados e jardins.
As rosas perfumando seu caminho...
Saudade se perdendo nos confins.
Minha alma transbordando, um passarinho...

É tudo nessa vida o que proponho...
Ao lado desse amor: eu tenho um sonho!






Quem me dera poder estar ali
Onde eu encontrarei felicidade.
Se por tanto tempo já sofri
Na vida, procurando a claridade.

Depois de tantas dores, sofrimento.
Agora irei vencer essas tristezas,
Soltando minha voz nesse lamento.
Buscando teu olhar nas redondezas.

Vivendo sem saber sequer sorrir.
Passando pela vida sem viver.
Será meu Deus que posso Lhe pedir
Amor que sempre sonho conhecer?

Agora, nessa noite sem abrigo.
Meu céu se iluminou: sonhei contigo!







Nossas Cartas de Amor

As cartas que mandaste para mim,
Guardadas na gaveta da memória.
São flores que cultivo em meu jardim.
Trazendo tanto lume em minha história...

Nossas fotografias, amareladas,
Lembranças desse tempo mais feliz.
Cadeiras debruçadas nas calçadas.
Conversa que se vai e que se diz...

Tantas saudades carrego em minha alma.
Desse tempo esquecido, do passado.
O vento da lembrança já me acalma.
Vivendo do seu lado, ser amado...

Amores que vivemos, fino trato...
Em teu amor por certo, me retrato...






Com teu amor sou MAIS FELIZ

Como posso dizer? Sou mais feliz
Estando aqui contigo, minha luz...
Depois de viver tanto por um triz
Hoje sei que quanto amor seduz!

Antigamente, a vida era vazia
Não tinha nem sorrisos nem a paz.
Corria entre meus dedos, a alegria...
Felicidade? Nunca ter, jamais...

Porém, quando chegaste a minha vida,
A todas as tristezas dei adeus.
Por isso é que te peço isso querida
Não deixe que se acabem sonhos meus...

Sou mais feliz que sempre imaginara
Vivendo em teu caminho, jóia rara...






Uma Rosa, Meu Amor

Rosa, dos meus amores mais divina.
Trazendo em teu perfume minha sorte.
Uma gota de orvalho cristalina
Nas pétalas brilhantes, como és forte!

Eu quero anoitecer em teus carinhos,
Ó rosa melindrosa e tão risonha...
Embora encontrarei, em ti, espinhos.
Com teus olhos mais belos, alma sonha...

De todas essas flores que colhi
Na comprida jornada desta vida,
Os melhores aromas, só em ti.
És minha rosa amada e tão querida...

Porém eu sei por certo como és rosa,
Além da maravilha, perigosa..








Tormenta de Amor

Amor de turbulências e desejos.
As noites que trouxeste em agonia.
Procuram-se nas bocas tantos beijos
Depois a madrugada cai tão fria...

Rolamos nossas camas separadas
Esperas e torturas nos maltratam.
As noites quando estão enluaradas
Tanta pureza mostram e retratam...

Mas longe de teus olhos vou, querida
Passando a noite em claro, recordando,
A noite que queria mal dormida,
Somente nosso amor iluminando...

Ó Meu Deus, responda por favor
Até quando a tormenta nesse amor?







Pensando Somente Em Ti

Tantas noites sozinho no meu quarto
As cinzas dos cigarros pelo chão...
Coração dos amores anda farto
Espera que se acabe a solidão...

Torturas das saudades do passado...
Marcadas cicatrizes na minha alma.
Amor que se dizia apaixonado
Somente a poesia inda me acalma.

Mas vejo, no futuro, uma esperança
Abrindo a porta triste dos meus sonhos,
Quem sabe ressurgida da lembrança
Retorne noutros dias mais risonhos?

Bem sabes que estarei decerto, aqui
Pensando toda noite, só em ti...









Mulher...

Mulher que me levou para o infinito...
Nos beijos e carinhos que trocamos.
Amor que nós fizemos, tão bonito...
Nas noites que sem fim, nós nos amamos...

Passeio minhas mãos e te procuro.
Meu coração sofrendo, tanto frio...
Procuro teus cabelos, tão escuros.
Mas nada encontrando, só vazio...

Mulher que me deixou aqui sedento.
Promessas tantas fez e não cumpriu.
Palavras se soltaram nesse vento
Amor que como veio, assim partiu...

Procuro por teu beijo onde estiver.
És tudo o que desejo enfim, mulher!









Olhos no Céu...

Meus olhos se perdendo neste espaço
Em busca da amplidão dos teus carinhos...
Em volta deste tempo, no cansaço,
Os pássaros errantes pedem ninhos...

Não sei mais se consigo ser feliz.
De tudo que busquei, nada mais tive...
O mundo que sonhava e sempre quis
Apenas nos meus sonhos inda vive...

Tentarei resistir mas não prometo...
Os olhos esquecidos não mais vêem
Dos erros nesta vida que cometo,
Por certo das saudades já provêem

Amiga, como é bom ser teu corcel
Meus olhos? Esquecidos lá no céu...










Tudo o que restou... ( O Tempo )

Amiga, todo o tempo deste mundo
Se passa sem que saibam que existi.
A vida se passando num segundo.
Ninguém sabe isso é certo, estou aqui...

Distante dos amores, das paixões,
Vivendo tão somente por viver...
Na vida nunca tive corações
Que ao menos um amor pudessem ter....

Jogado neste canto, abandonado...
Perdido sem talvez ter um alento.
O mundo que sonhara vai jogado
Restando tão somente sofrimento...

O tempo se passou sequer saudade...
E tudo o que restou: tua amizade...









Figli delle stelle

Olhando para o céu eu imagino
Os olhos tão felizes da criança
Que sempre procurei em meu destino
Mas vive assim somente na esperança...

Criança que jamais por certo tive
Brincando na ante sala do meu sonho.
De amores esquecidos sobrevive
Apenas na esperança que proponho...

Estrela, por favor, cadê meu filho?
Responda, não se cale por favor...
Me diz aonde encontrarei seu trilho
Irei ao teu encontro, meu amor...

O nosso amor, estrela, não resiste
Assim qual nosso filho: não existe...









Aos Meus Amigos

Eu canto a meus amigos com certeza,
São tantos os momentos delicados
Em plena fantasia ou na tristeza
Por mais que tão difíceis os meus fados...

Amigos com certeza não dispenso,
A vida necessita deste abraço
Em todos os caminhos, sempre penso
Amigos, vão vencendo esse cansaço

Cansaço de viver tanta amargura
No vinho que embriaga, uma paixão...
Quem tem amigo sabe da ventura
Que bem que ele nos faz ao coração!

Portanto eu nunca temo mais perigos
Certeza de que tenho meus amigos!







Quando Um Amigo Se Vai...

Amigo quando vai, a vida chora...
Estrelas vão perdendo um certo brilho...
O céu de minha vida se descora,
O rumo da existência perde o trilho...

Amigo, na saudade que deixaste
Por certo não consigo mais partir
Na minha insegurança, perco uma haste,
Ficando mais difícil prosseguir...

As duras tempestades do caminho,
Talvez sejam difíceis de encarar...
Agora, como irei seguir sozinho,
Terei quiçá u’a força pr’a lutar?

Estrela dessa sorte, ao fundo cai...
Quando da vida amigo já se vai...








A Distância

Sozinho estou perdendo o meu rumo...
Pelas noites vazias, sem ninguém...
Talvez quem sabe ainda me acostumo
E viva nessa vida sem teu bem...

Bem sabes que te adoro, minha amada...
Ávido de teus olhos, de teus seios...
A vida, sem te ter, vai tão cansada,
Aumentam minhas dores e receios...

Mas sei que nada disso determina
O fim do nosso caso, meu amor...
Pois sei que está escrito em nossa sina
O mundo não será somente dor...

Amores que nasceram lá na infância,
Superam com certeza essa distância...








Amor em Frenesi

O teu amor somente será meu
Desde o dia em que bela, tu nasceste,
Meu coração decerto tão ateu
A Deus agradecendo pois vieste...

Não sinto mais os medos que n’outrora
Faziam cada noite meu suplício...
Minha alma de tua alma se decora
Amor que santifica desde o início...

Te quero como o brilho desta lua
Que traz em seus raios, claridade.
A vida em tua vida continua
Contigo encontrarei felicidade...

Te busco, com certeza estás aqui.
Minha alma te adorando, em frenesi...








Delírios de Amor

Amores sem pecado e sem juízo
Depressa consumindo feito fogo
Transporta de repente ao paraíso
E nos mostra a delícia deste jogo....

Cada vez mais paixão já nos consome
E boca contra boca nos delira...
De tudo que tu tens eu tenho fome,
És fogo e com certeza sou a pira....

Eu quero me queimar em tua brasa
Sou chama e tu és o meu pavio...
Teu corpo desfrutando, estou em casa.
Não perco um só segundo de teu cio...

Portanto minha amada, por favor,
Vivamos os delírios deste amor!









Enquanto Houver Saudade...

Amor que sempre toca o coração
Mostrando quão difícil ser feliz...
Espero em sofrimento teu perdão,
Trazendo, no meu peito, a cicatriz.

Enorme cicatriz do meu passado
Que dói, corroendo meu futuro.
Ah! Quem me dera estar ao teu lado,
Sem ter esse meu céu, sozinho, escuro...

Eu te quero por toda a minha vida...
Em todos os momentos te querendo
Por que não retornaste mais querida?
Sem teu amor, decerto irei morrendo...

Eu sei que não terei felicidade,
Enquanto, em minha vida, houver saudade...

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Amar demais, loucura que padeço,
Em tantas ilusões já me perdi
Será Meu Deus que é isso que mereço?
Perdão pelos meus erros, já pedi...

Porém, se cada vez que amor chegar
Em atos mais insanos me perder
Vontade de voar, ir ao luar
E as leves alvas alas derreter...

De tanto que esse amor já me maltrata
Deitando nesse braço mais macio...
Perco-me no amor, na densa mata
Nas águas revoltosas desse rio...

Amor tanta tortura na ternura.
Amor; estranha e divinal loucura!








Na delícia e magia nosso amor
A cada novo dia se transborda
Fazendo da alegria seu sabor
A solidão, por isso, nunca acorda!

Não vamos deixar de ser assim
Roubamos da manhã raio de sol,
Lutamos pelo amor até no fim,
Sabemos, nele está nosso farol!

O nosso amor vadio vale a pena
Percorrendo as paredes quando em cio,
Uma doce paixão nos envenena,
Não sabemos de inverno, só do estio...

Amando-te já sei desse amor pleno,
Gostoso como o mel, doce veneno...









Essa noite te quero, meu amor,
Em nosso amor vivendo esse momento
De plena juventude e de calor,
Com toda a fantasia e sentimento...

Quero te beijar tão mansamente
Sentindo teu perfume mais gostoso
Rolando nossa cama febrilmente
Roubando uma alegria e todo gozo...

Quero ter teu corpo junto ao meu
Dormindo meu cansaço em teus braços,
Prazer que em teu prazer adormeceu
Formando assim nos dois, os mesmos laços...

Prazer que nos delira no pernoite,
Suave e tentador como essa noite....









Quando te vejo, amada, fico louco,
Começo imaginar coisas de amor...
Desnudo tua roupa pouco a pouco
Em minha fantasia, nosso ardor...

Imagino nossos corpos no entrelace
Que traz tanta alegria, no prazer,
Nos rumos mais divinos que se trace
Amor tão infinito em nosso ser...

Vagando nesse mapa, lentamente
Decoro cada rota, vales, montes,
Desvendo esses segredos totalmente,
Bebendo dos prazeres nessas fontes...

Assim vou conhecendo os teus desejos,
Usando como guia os nossos beijos...










Os Jardins dos Meus Amores

Ao sentir os teus passos, minha amiga,
Percebo quanto a vida foi ingrata...
Nas noites em que a lágrima me abriga
Mergulho nosso amor numa cascata...

Percebo que não queres mais voltar...
Mas nada me impediu de te querer,
A noite sem te ter, perde luar,
Não posso mais, assim, sobreviver...

Quem dera, tu voltasses para casa.
As rosas estão morrendo sem cuidado.
A dor da solidão tanto me abrasa,
Eu preciso te ter, aqui do lado!

Mas volta minha amada, nossas flores,
Morrendo no jardim, dos meus amores...






Eu Não Consigo Te Esquecer!

Quem me dera esquecer o nosso amor...
Vencido pelas dores e quimeras
Vivendo em tempestade, sem calor.
Das horas mais difíceis, loucas feras...

Amor que tanto quis aqui por perto,
Sonhando com a tal felicidade
Meu mundo transformado no deserto
De tudo, só restou uma saudade...

E canto, sem parar, ao manso vento
Amor que me deixou não volta mais...
Amor que não me sai do pensamento...
Sem rumo, meu navio perde cais....

Responda, como irei sobreviver?
Pois sabes, não consigo te esquecer!






Minha Amiga.

Por tantas vezes somos maltratados
Pela vida... Perdemos nossos rumos;
E, depois disso tudo, disfarçados
Sentimentos, nos tirando do prumo...

Tempestades caindo sobre a tarde
Trazendo nessas nuvens, solidão...
Nas preces, peço a dor que se retarde
Mas ouço tão somente o mesmo não...

Vencido pelas dores, indefeso,
O manto da tristeza já me abraça...
O medo que temia, vive aceso,
Nem lágrima perdida, se disfarça...

Porém u’a mão sincera já me abriga,
Nos braços que me deste, minha amiga!


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Coração Partido

Meu coração em busca dos amores,
Por tanto tempo o frio dominava...
De nada mais sentia suas cores
A corredeira doía, sempre brava...

Nada mais poderia ter, pensara...
Um coração que bate sem cuidado.
Amor eu sempre soube é pedra rara
Mas tem, p’ra ter valor, ser lapidado...

Não vejo mais futuro, estou sombrio...
Por vezes imagino teu sorriso.
A noite me trazendo tanto frio.
Espero teu amor, disso preciso.

Não deixe que isso tudo tenha olvido.
Salve meu coração, que está partido...






O Meu Amor: Ela

Ela, a mulher que sempre desejei...
Entrego meu amor completamente.
Estrela que, nos céus, eu procurei.
Vivendo seus caminhos, minha mente...

Agrado que à natura, fez Bom Deus,
As formas mais perfeitas, formosura...
Quem dera se esses olhos fossem meus.
Teria em minha vida, uma ternura...

Ela, que ao caminhar recende rosas...
Que traz, nas suas mãos, os meus segredos.
Destila em sua boca as olorosas
Manhãs que se prometem sem ter medos...

A luz que dentro da alma se revela,
Mostrando os meus destinos, todos: Ela!

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Se Não Houvesse Dia

Esperado poder ter os teus braços
Toda noite aguardando tua volta.
Deixaste por aqui tão fortes laços,
Mas agora, me explica como solta.

De noite, quando chegas no meu sonho,
A minha vida, em festa, se resume...
Fazendo o meu viver bem mais risonho,
Encharcando a minha alma de perfume...

De dia minha dor se torna imensa.
Não tenho nem os sonhos que aliviam...
Pergunto se acordar, então, compensa.
Sem sonhos, os meus dias se esvaziam...

Se não houvesse nunca mais o dia,
Minha vida seria plena de alegria!

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Viver Depressa

Vida passa depressa minha amada,
E saiba que esse tempo não tem volta.
Mal vemos já raiou outra alvorada
Não adianta penas nem revolta.

Vivemos tantas coisas, nem sentimos...
Depois de tudo feito, nada importa
Por isso é que te peço, tanto vimos
Que não se necessita desta porta.

Abrindo o coração, viver em festa,
Por todos os momentos sem pensar.
O tempo de viver que já nos resta,
Que bom se reservássemos p’ra amar.

Não penses que na vida eu tenho pressa,
O que mais quero, amor, viver depressa...








Amigo ( Ela )

E se fosse quem pensas que não é
A mulher que trará felicidade.
Não sabes que na vida tanta fé
Às vezes se traduz em liberdade.

Pois veja na beleza dessa vida
O lume que traçou uma esperança.
Por vezes, nossa trilha vã, perdida,
Renasce num momento de lembrança...

E se fosse a mulher que imaginara
Aquela que ao teu lado sempre esteve.
De tudo que na vida mais sonhara,
Apenas esperança em ti, conteve...

Amigo, tua vida se revela
Nos braços da mulher que sempre ama: ela!










Jamais Vou Te Esquecer

Estás sempre escondida no meu peito
E vives nos disfarces das promessas,
Vivendo sem sequer saber direito
O mundo vai rodando nas avessas...

Procuro por teu rosto, nada vejo...
Decerto estás fugida, nos meus sonhos...
E sempre que distraio, te desejo.
Não quero sofrimentos mais bisonhos...

Vou vivendo, esperando te encontrar,
Quem sabe te encontrei e estás aqui,
Nas ruas, nessas praias, no luar...
Em todos os momentos que vivi...

De ti, saiba, jamais vou me esquecer
Ainda que não possa, mais te ver.









A MUSA DOS MEUS VERSOS

És musa dos poemas que, hoje faço.
Rainha dos meus sonhos, minha esfinge
Que tanto tempo em minha vida caço
Mal sabe que eu existo, ou sempre finge...

Dedicando os meus versos ao amor
Espero que te encontres amanhã.
O tempo que me fez tão sofredor
Espera o salvador brilho, manhã...

Empresto meu desejo neste canto
Em vão, tantas vezes te procuro...
E nada encontro além do pranto
Inundando meus dias, manto escuro...

Escute meus delírios mais diversos,
Ó minha musa amada, nos meus versos!










AMOR, COISA DO DESTINO...

É, realmente a vida nos apronta...
Por tantas vezes somos esperança
E mal uma saudade cedo aponta
O resto se desfaz numa lembrança.

Foi isso que se deu, bem sei, comigo...
Durante tanto tempo te busquei,
Querendo ser, talvez, só teu amigo,
Vivendo nas jornadas que tracei...

A noite traz a lua e a surpresa...
Aquele que queria uma amizade,
De repente de amor virando presa.
Comecei a sentir de ti, saudade...

É querida, o que faço? Em desatino,
Eu te respondo: coisa do destino...







POR AMOR!

É por amor que tento te encontrar,
Em meio a tantas flores no jardim.
Guiado pelos raios do luar
O brilho que estribilha dentro em mim...

É por amor que sigo tua trilha,
Estrela que ilumina minha vida...
És tudo no meu céu que maravilha,
Trazendo uma ilusão que sei perdida...

É por amor que singro tantos mares
Em busca de teus cantos, u’a sereia...
Vivendo nosso amor nesses sonhares
Enterro o coração na branca areia...

E faço meus castelos mais altivo.
Decerto é por amor que inda estou vivo!






TOCANDO EM FRENTE

Não tenho mais o medo desta estrada
Caminho sem sequer olhar p’rá trás.
Pois eu trago os olhares da amada
Guardados na guaiaca, vivo em paz...

Em todas as jornadas pela vida
Guardei as esperanças no bornal.
Não lembro de viver da despedida,
Meu canto sempre muda qual jornal.

Vivendo tanto amor sem ter saudade
Salvando minha pele nas tocaias.
A noite traduzindo liberdade,
Morena, belas coxas sob as saias...

O meu amor por ti é sempre urgente.
Por isso caminhar tocando em frente.






O AMOR EM PAZ

Cansado dessas brigas, meu amor,
Parti para outros braços mais serenos
Mas os mesmos espinhos noutra flor,
Iguais ressentimentos e venenos...

A culpa, com certeza é toda minha,
Vivendo sem trazer felicidade,
A noite que em minha alma se adivinha
Trará para o meu peito só saudade...

Decerto não consigo ser feliz,
Sabendo que não posso te esquecer.
Por isso, meu amor, eu sempre quis,
O doce dos teus lábios p’ra viver...

Não deixe-se levar pelas intrigas.
Paremos, por favor, com tantas brigas!






OBRA PRIMA DO AMOR

Tu és dessa existência mais sofrida
Que tive por tentar ser mais feliz,
A melhor coisa em minha dura vida
De tudo o sonhei e que mais quis...

Tu és este brilhar d’uma esperança
Que trago no meu peito sonhador...
Das glórias que carrego na lembrança
Ao me lembrar de ti, eu vejo amor...

Querida, não me deixes mais sozinho.
Preciso de teu passo junto ao meu.
Nós compartilharemos mesmo ninho
Até o fim da vida, negro breu...

Tu foste iluminada e luminosa,
A mão que te esculpiu, vive orgulhosa...







AMIGA, TU ME TENS FEITO TANTO BEM!

Tu me tens feito tanto bem, querida,
Só posso agradecer o teu carinho.
Durante quase toda a minha vida,
Andei por tantas sendas, vão, sozinho...

Agora que encontrei felicidade
Nos braços desta amiga tão dileta.
Viver passou a ter tranqüilidade
A vida, refeição mais que completa...

Não sei se tu percebes, companheira,
Sorriso já voltou, não quer sair,
Ganhando uma amizade verdadeira,
O velho coração vive a sorrir.

E digo a todo mundo, tenho alguém,
Que nessa dura vida, me faz bem!







MAR DOS AMORES

Mergulhando nos mares cristalinos
Em busca da sereia que sonhara.
Encontro, nos teus braços, os destinos
Que sempre, nesses mares, procurara...

O sorriso gentil de quem acalma,
A voz melodiosa e tão sincera.
O manto das estrelas, em minha alma,
Amansa calmamente essa pantera.

Que veio dos espaços mais distantes,
Trazendo no sorriso, uma ironia.
Agora nos teus braços delirantes,
O mundo se promete em fantasia.

Depois de tantas lutas, dos horrores,
Mergulho nestes mares, os de amores!







POR QUE TE QUERO?

Pergunto sem resposta ao triste vento
Por que me detiveste em teu caminho...
Agora não me sai do pensamento
Sem teus braços, me sinto mais sozinho...

Nos tempos mais felizes, tanta luta,
Jornadas pelos mares da esperança.
A lua se escondendo, tão astuta,
Guardando seu sorriso, de criança...

Depois chegou a noite em tempestade,
Ruíram meus castelos de ilusão.
Os beijos tão amargos da saudade
Invadiram marcaram coração.

Depois cicatrizado o tempo fero,
Tu chegas e pergunto, por que quero?







EU PEÇO A DEUS

Eu peço tanto a Deus que me ilumine
E deixe que eu prossiga minha luta
Nascida desse amor que sei sublime
E nega por si só a força bruta...

Eu peço tanto a Deus que me dê paz,
Para que eu possa crer no ser humano.
Que eu seja, nessa vida, forte, audaz,
Pretendendo evitar um ledo engano...

Eu peço tanto a Deus por liberdade
Que o povo mais sofrido, possa ter,
O sonho de viver felicidade
E tenha, todo dia o que comer...

Embora tanto tempo mais ateus
Nas preces que dedico, eu peço a Deus!






NUNCA É TARDE PARA O AMOR

É tão tarde amor, não vá embora...
A noite está tão fria, fique aqui.
Minha alma na tua alma se decora,
Depois que te encontrei, eu me perdi...

Eu vejo pelos olhos que me guiam,
Nos olhos da esperança que persiste
As dores no meu peito não me esfriam,
Meu mundo no teu mundo já resiste...

E quando a solidão bate na porta,
Lembro-me dos teus olhos, minha amada,
Sinto que nessa vida nada importa,
Pois trazes minha sina iluminada,

Mas saiba que a saudade cruel, arde,
Por isso fique aqui, já é tão tarde...






Minha Querida

Espero que te encontre todo dia
Envolta nessa luz que me fascina
Sabendo que trarei a poesia
Que nasce do meu peito e me domina...

Não quero mais viver sem ter-te ao lado,
Em cada novo canto que dedico,
Percebo que viver apaixonado
Me deixa cada vez muito mais rico

Da beleza que incrusta-se no sonho,
Da alegria que insere-se em meu rosto,
Viver da fantasia que proponho
Em tudo o coração vai mais exposto.

Permita que eu desfrute assim, querida
Bem mais que simples dia em tua vida...







Contigo Partirei...

Por mais que se perceba não ser fácil
A vida que prometes meu amor,
De tudo o que sonhamos, sonho grácil,
Espero poder ter o teu calor...

Não tenha mais o medo que apavora,
Eu não te deixarei seguir sozinha,
Por isso, meu amor, eu vou embora
Contigo meu temor não se avizinha...

Por sendas mais difíceis vou contigo,
Sabendo bem das dores que me esperam,
Não temo mais as trevas, nem perigo.
Pois todos os meus medos não imperam...

Bem sabes dos castelos quer criei,
Por eles, por amor, eu partirei!







Eu te amo, não consigo mais negar
Se tudo em que mais penso é só te ter,
Em todos os momentos, no lugar
Sublime que possamos percorrer.

Eu te amo na total felicidade
E também nos momentos em que há dor
Nesse amor conheci a liberdade
A razão que alimenta o nosso amor

Eu te amo, não perguntes o porque
Pois Saibas simplesmente que isso eu sinto
Procuro explicação, porém, cadê
Se Tudo que desejo em ti pressinto...

E saibas que por certo eu sempre exclamo
Gritando a todo o mundo, como eu te amo!







POR AMOR!


É por amor que tento te encontrar,
Em meio a tantas flores no jardim.
Guiado pelos raios do luar
O brilho que estribilha dentro em mim...

É por amor que sigo tua trilha,
Estrela que ilumina minha vida...
És tudo no meu céu que maravilha,
Trazendo uma ilusão que sei perdida...

É por amor que singro tantos mares
Em busca de teus cantos, u’a sereia...
Vivendo nosso amor nesses sonhares
Enterro o coração na branca areia...

E faço meus castelos mais altivo.
Decerto é por amor que inda estou vivo!






A Força do Coração



Coração quando cisma de querer
Amar quem não devia, fico louco.
Às vezes dá vontade de morrer,
Matando esse infeliz de pouco a pouco...

Meu coração teimoso sempre esquece
Das dores que os amores me causaram.
Por mais que peço a Deus, se ri das preces,
E todas as tristezas se anteparam.

Não sabe que depois fico sofrendo...
A solidão corrói, ele nem liga.
Não se importa com sol, se está chovendo,
Pois dentro do meu peito, já se abriga...


Procuro sem achar, a solução,
Tirar a sua força, coração!






O Meu Amor: Ela

Ela, a mulher que sempre desejei...
Entrego meu amor completamente.
Estrela que, nos céus, eu procurei.
Vivendo seus caminhos, minha mente...

Agrado que à natura, fez Bom Deus,
As formas mais perfeitas, formosura...
Quem dera se esses olhos fossem meus.
Teria em minha vida, uma ternura...

Ela, que ao caminhar recende rosas...
Que traz, nas suas mãos, os meus segredos.
Destila em sua boca as olorosas
Manhãs que se prometem sem ter medos...

A luz que dentro da alma se revela,
Mostrando os meus destinos, todos: Ela!








Somente Amigos



É minha amada, sei o quanto sofres
As tristezas que causam te maltratam,
A vida nos encerra em tantos cofres
Parecendo que nunca mais desatam...

Mas saiba que estarei sempre ao teu lado
Em todos os momentos dolorosos
A mão que nos afaga, manso prado
Perfuma-se nos cardos olorosos,

Ferindo com espinhos, nossos sonhos
Trazendo essas procelas mais terríveis
Não quero que tu tenhas mais medonhos
Pesadelos noturnos tão horríveis...

E saiba que te quero, sou abrigo...
Sou teu, com muito amor, somente amigo...





PAIXÃO!!!

Amor quando invadindo não respeita
Nem sequer essas dores do passado,
Rasgando todo o manto se aproveita
E deixa essa tristeza assim de lado...

Amor que sempre vive sem juízo,
Passando todo o tempo sem saber
Procura nessa vida o paraíso
E sonha quase sempre em te querer...

Esse amor dominando toda a casa,
Não deixa nem espaço p’ra saudade,
É chama que destrói em mansa brasa,
E rouba, sem querer, a liberdade.

Amor que estou sentindo, uma paixão,
Que a bem desta verdade, é obsessão!






A minha mocidade tão distante
Rolando nas lembranças, sem parar
O tempo nunca pára, vai constante
Passando e transformando faz voar...

Quem dera ter o gosto do teu beijo
Na boca que murchou, pele enrugada...
Porém nunca morreu o meu desejo,
O de poder te ter, ó minha amada...

Passamos tanto tempo na procura
Do bem que alimentou a juventude
Amor que se banhava na ternura
Amei, vou ser sincero, mais que pude...

Das forças que já tive, quer renovem
A vontade de ser, p’ra sempre jovem..


Amiga, Tô com Saudades



Amiga, há quanto tempo não te vejo!
A vida nos afasta sem querer
Tu sabes como é grande o meu desejo
Ao meu lado, é tão bom poder te ter.

Tivemos quase sempre bem juntinhos
Em todos os problemas desta vida.
Trilhamos diferentes, os caminhos,
Mas nunca imaginamos despedida.

A sorte que te leva, agora traz,
Fazendo do meu dia, mais brilhante,
Encontro finalmente a minha paz,
Depois de tanto amor titubeante.

Sabendo que virás. Felicidade,
Amiga tô morrendo de saudade!





Andando sem teus braços, me perdendo...
As noites se transformam em suplícios...
O tempo vai passando e, nada tendo,
Os dias, verdadeiros precipícios...

Não vejo nada além duma ilusão
Marcada dentro d’alma a ferro e fogo.
Arrebenta sem demora o coração!
E tudo se perdendo... Volta logo!

Quem dera se soubesses como estou,
Vasculho teu sorriso em cada canto.
Se fomos, quase nada me restou...
Procuro ter na vida, um novo encanto!

À noite, tanto tempo, sem revê-la
Vou como quem perdeu a sua estrela..






Se tu soubesses como sempre amei...
Meus momentos felizes, ao teu lado...
De tudo que sonhava, procurei
Viver cada segundo, apaixonado...

Dançavas nas estrelas, minha amada,
Raiando como o sol de cada dia...
A vida se passando iluminada,
Repleta da mais plena poesia...

Agora, caminhamos sempre juntos,
As estradas floridas deste amor...
Os sonhos que tivemos foram muitos,
Em cada sonho o viver mais sedutor...

Se tu soubesses quanto que te quis...
Garanto que serias mais feliz


Quando Ninguém Me Vê

Ninguém saberá dessa minha dor.
Disfarçada num sorriso mais gentil
O certo é que perdendo teu amor,
O mundo se tornou cruel e vil...

Eu sei que bem consigo te esconder
O quanto precisava assim de ti.
Eu temo que não possa mais viver
De tanto dolorido que estou aqui...

Amada me perdoe pelos erros
Que sempre cometi, não mais os trago
O sol renascerá por sobre os cerros
E com seus belos raios, finda estrago...

Espero, tua volta, assim te imploro.
Quando ninguém me vê, de dor, eu choro...





AMOR!

Peço-te: contamine-me de amor.
Não quero cura nunca mais remédio,
Vivendo tanto tempo sem calor
Não suporto sequer mais esse tédio...

Transmita para mim essa doença
Que faz com que soframos e sonhamos
No fundo tanta dor se recompensa
Nos momentos felizes, nos amamos...

Eu quero esse veneno que me cura,
Eu quero essa tortura que me salva.
Eu quero essa amargura na brandura
Eu quero essa sangria na noite alva

Pois então minha amada, me ilumine,
E se queres tanto bem, me contamine!




O Meu Amor: Ela

Ela, a mulher que sempre desejei...
Entrego meu amor completamente.
Estrela que, nos céus, eu procurei.
Vivendo seus caminhos, minha mente...

Agrado que à natura, fez Bom Deus,
As formas mais perfeitas, formosura...
Quem dera se esses olhos fossem meus.
Teria em minha vida, uma ternura...

Ela, que ao caminhar recende rosas...
Que traz, nas suas mãos, os meus segredos.
Destila em sua boca as olorosas
Manhãs que se prometem sem ter medos...

A luz que dentro da alma se revela,
Mostrando os meus destinos, todos: Ela!







A Força do Coração

Coração quando cisma de querer
Amar quem não devia, fico louco.
Às vezes dá vontade de morrer,
Matando esse infeliz de pouco a pouco...

Meu coração teimoso sempre esquece
Das dores que os amores me causaram.
Por mais que peço a Deus, se ri das preces,
E todas as tristezas se anteparam.

Não sabe que depois fico sofrendo...
A solidão corrói, ele nem liga.
Não se importa com sol, se está chovendo,
Pois dentro do meu peito, já se abriga...

Procuro sem achar, a solução,
Tirar a sua força, coração!






Amar, Sonho Impossível?

Tentar ser mais feliz sem sofrimento,
Andar por essas ruas sem temer
Viver a liberdade solto, ao vento,
Não se entregar jamais e no amor crer.

Vencer todas quimeras dessa vida
Trazendo na garganta um belo canto.
Saber que nunca estás só e perdida,
Tirar destas tristezas, seu encanto...

Constróis felicidade a cada dia.
Não tema mais a dor duma saudade.
Aprenda que viver é poesia
Soltando nosso grito na cidade.

Pois amar é bem mais que ser incrível
É crer neste sonhar mesmo impossível.






O Amor é Triste

Amar é se saber pobre refém
Ao mesmo tempo algoz e vil carrasco,
Amar é perseguir o mesmo bem
Que leva e que nos salva do penhasco.

Amar é conseguir o nada feito
Depois sair sorrindo, sem saber
Que tudo neste mundo contrafeito
Por vezes nos ajuda e faz viver...

Amar é não querer a liberdade
Embora nos dê asas p’ra voar.
Amar é se esquecer de ter saudade
Depois a vida inteira quer chorar...

Amar é nossa força que resiste,
Embora todo amar, seja bem triste...







Nossa História de Amor

Nosso caso de amor que começou
Numa bela manhã ensolarada,
Feito duma lembrança que restou
Daquela nossa triste madrugada...

Nós tínhamos amado tanto tempo
Pessoas que não viam nosso amor.
Envoltos em tamanho contratempo
Na busca de viver sem mais temor.

Os mares que sonhamos, tão distantes,
Nos rios, nas cascatas, nas procelas...
Caminhos que passamos, inconstantes,
Nas noites mais escuras, sequer velas...

Agora já vivemos sem ocaso,
Em pleno e doce amor, o nosso caso...






Como te amo, amor!

Fale suavemente, meu amor...
Tua voz acalmando meu lamento,
Esqueço do tormento e do temor
Quando ouço teu canto me apascento.

Lembro dos nossos sonhos pueris,
Vivendo nosso amor a cada dia.
E sendo, simplesmente, mais feliz.
Trazendo todo encanto e poesia...

Amada, quanto quero teu sorriso,
Andando por estradas mais floridas...
Teus passos me levando ao paraíso.
De mãos dadas, assim, as nossas vidas...

Amor que tanto brilha de repente,
Ouvindo tua voz, suavemente...





Como é Bom Te Amar!

Não mais vou conhecer uma saudade
Prometo que te quero mas não vou
Deixar que se perca a claridade
Em tudo que sem medo, me restou...

Vivendo no que sempre quis viver,
Nos ares que pretendo mergulhar
Os olhos de quem sonho posso ver
Na lua que desmaia em manso mar...

Amor que na verdade, me salvara
De quantas ilusões que já perdi.
Acordo sem saber como se pára
O trem que, das saudades, anda aqui.

Amada, como é bom viver contigo,
Embora tanto amor, corra perigo...






Tortura e Prazer

Transbordo nesse amor que me tortura
Embora na tortura é que me salvo.
Jamais esquecerei tanta ternura
Da vida, meu divino e fatal alvo.

Amar é ser feliz em largo gole,
Depois embriaguez vira saudade.
É faca que em teus beijos, já se amole,
E corta mais sutil tranqüilidade.

Amar é perceber o gosto amargo
E ter tanto prazer nesse amargor.
O peito lacrimoso que eu embargo
Repete mansamente o meu amor...

Não quero ser talvez o teu fastio,
Apenas te viver em pleno cio!






Amamos tantas vezes nessa vida!
Por certo muitas vezes sem saber
Que por mais que conheçamos despedida
Amor a cada dia, faz crescer...

Recebo teus sorrisos como um canto
Que em plena tempestade nos acalma,
De tanto que te quero, meu encanto
Penetra calmamente, sedando alma...

Amiga, não me deixes ser cruel
Com quem não merecia meu carinho.
Permita que te traga o mesmo céu
Que sempre me deixou bem mais sozinho...

Receba o meu afeto mais sereno,
Que salva em amizade, do veneno...






Amantes

Iremos nos amar de madrugada
As bocas percorrendo tantas sendas...
Searas que descubro em minha amada,
Aberto o coração, vislumbro tendas...

E sinto no teu corpo, meu desejo...
Nos mares que navego, cada porto,
Receba meu carinho, manso beijo.
De tudo que pensei ‘stivesse morto..

Amar é conhecer que o infinito
Limita o sentimento que nos une,
Amor tanto sublime quão bonito,
Ao mesmo tempo cura e já nos pune...

Quem dera se eu morresse neste instante,
Em que sou seu carrasco e seu amante...






Como é bom poder ser teu amigo!

De quanto que já tive e já perdi,
Dos olhos esquecidos noutras luas...
Se venço meu cansaço, estou aqui,
Caminho sem temer por tuas ruas.

Estrela que brilhou por tantos anos,
Nos céus que imaginara fossem meus;
Recebo destas noites, seus enganos,
Sentindo nos teus versos que há um Deus...

Poeta que me encanta com palavras
É bom ser teu amigo, saiba disso...
Aos poucos me dominam tuas lavras,
E vivo em teu encanto e no teu viço.

Poeta que ilumina eu já te digo
Ah! Como é bom poder ser teu amigo!






Amares

Nas ondas em que trago esse meu barco
Esqueço que jamais eu naufraguei
De tudo que sonhei, restando um parco
Sentimento do tempo em que te amei.

Vivendo sem temer tantas mazelas
Que a vida, com certeza, me deixou...
Nas noites em que amores me revelas,
De tudo que passei, nada restou.

Agora que meus mares não conheço
Recebo teu carinho, tempestade...
Mereça ou não mereça o teu apreço,
Espero te encontrar, felicidade!

Agora que me sinto mais em paz,
Percebo que atraquei um manso cais....






Bom Dia, Amigosl

Espero que tu tenhas um bom dia
Assim como um bom dia também quero.
Que seja um dia pleno de alegria
Assim como o meu, também, espero...

Que a vida te sorria e não deboche,
Que os rios que percorres sejam mansos.
Amor não seja só um simples broche
Que te barco aporte nos remansos...

Que nada mais te traga sofrimento
E a vida te inundando de esperanças.
Que o fogo da saudade e do tormento
Não trague tua vida nas lembranças...

Que o sol que te sorria não te queime.
Persevere no amor. Ah! Nisso teime!






Saiba que nossos rumos se tocaram
Num instante difícil para mim.
Decerto que eles quando se encontraram
Mudaram tudo que eu pensara enfim.

Vinha de tantas dores e promessas
Caminhando sem saber onde chegar...
Guardava nas lembranças, às avessas,
A vontade risonha de sonhar...

Os nossos desesperos eram tantos
Que nada mais havia por fazer...
Buscava nesta vida, seus encantos,
Só tinha uma ilusão nesse meu ser...

Agora que encontrei não vou perder...
Pois só nos resta então, amor, viver!





Meu Doce Amor

Amor, suavidade diz teu nome.
Vencemos as batalhas complicadas
Porém, o que nos resta já se some
Em meio a tão distantes alvoradas...

Aurora das promessas nunca veio,
Apenas essas nuvens e a saudade...
Amiga, não permita que o receio
Acabe duma vez com claridade...

Navegávamos mares tão distantes
Procurando somente pela paz.
As ondas sempre foram inconstantes
Agora sem amor, tanto me faz...

Eu quero simplesmente ser feliz.
Doce amor, o que faço? Então, me diz...






Não Pergunte Mais Por Que

Não quero dedicar meu sonho a esmo,
Buscando sem ter bases, o meu canto,
Vivendo o que pensava ser o mesmo
Desejo que forjara meu encanto...

Não quero lhe falar dos velhos discos
Guardados nesta estande do passado.
Corremos, por viver, os mesmos riscos,
Embora não vivamos mais calados...

Eu quero esse perfume que perdura
Das mãos que acaricio, sem ressalvas...
Recebo dessa noite uma ternura
E todas alegrias foram salvas...

Vontade de sonhar e ter você,
Somente não pergunte mais por que!





Louco Amor

Ilustre amor que leva toda a glória
De ser, por certo, algoz e ser remédio.
Paisagem se desbota na memória
Não deixa mais romper o velho tédio...

De tantos esquecidos nas gavetas
Também nosso contrato não vingou.
Passado que vivemos não remetas
Pois saiba que carinho não restou.

Amada sem amor um só fiasco,
Dos campos e batalhas, teus troféus,
Saltando dos amores, em penhascos,
Despencam nossos sonhos lá dos céus.

A glória de viver tão louco amor
Por certo despetala a mansa flor!






Amor, Diamante Falso


Lembranças desta glória que vivemos,
Em mantos que emprestamos ao veneno.
Sentindo que d’amores que sofremos,
A noite nos invade em seu sereno.

O frio que comanda não resfria
O peito que abrasado, não se cansa.
De tanto que escutei a melodia,
Depois de tanto tempo, amor já dança.

Não deixe que me entregue mais contente
Pois saiba que ironia tem seu preço.
O mundo se desanca, num repente
E amor vai se mudando de endereço.

Quem logra seu passado com mentiras,
Ao pântano das dores já me atiras...






Nas águas mais profundas da saudade
Abismos e penhascos são meu mote.
Recebo sem temer intensidade
De todas essas dores todo o lote.

Amando ser amado por quem amo
Amargo a solidão se tu não vens.
Depois de tantas lutas que reclamo,
Aguardo sem rancores nossos bens.

Achego meu amor ao teu amor
E vindo de teu corpo tal clarão,
Vencido pelos ventos, tal valor
Que vale todo inverno em meu verão.

Verás que nada mais vale essa vida
Nos vales da saudade, vã, perdida...





Sonho que, soberano e tão suave
Durando minha vida não refaço.
Espero que vagueie minha nave
Em toda imensidão do teu espaço.

Na grota das esperas sem futuro,
Revivo cada gota do perdão
Que parco, sem saber, saltando o muro,
Desaba e já desanca o coração.

Mostrando os velhos dentes que não mordem,
A corda que prendia, se arrebenta...
As garras que me cravas não mais ardem,
Apenas nossas mágoas, água benta.

Eu vejo teu sorriso mais ditoso
Nas horas que vivemos franco gozo...




Todo contentamento também passa
Embora não saibamos bem por que,
A noite que se vai já não me abraça
Procuro a poesia mas cadê?

Vencido pelas dores da alegria
Que mentem mas não deixam de chegar.
Transportam nestas asas novo dia,
Em vôos prometidos ao luar...

Amor em ser cruel também acalma,
Permite tantas lutas e cautelas...
Querendo conquistar uma triste alma
Mentindo transformando belas telas.

As celas que me prendem aos teus braços,
Estão nestas algemas dos espaços...





Amor caricatura tem futuro?
Pergunto se talvez nada virá
Olhar que penetrante traz escuro
Resiste e não me leva a Xangrilá;

Do riso que prometes ser jocoso,
O mar mal navegado perde porto,
Porém se navegar o pleno gozo,
Depois de tantas noites vou ser morto.

Morrer deste prazer que me ofertaste,
É quase que morrer em alegria.
Porém se teu prazer fizer-me traste,
A noite em tempestade cala o dia.

Não faça desse amor caricatura
Envolto em agonias da ternura...







Beleza que traduz pré sentimento
E faz de sua dona a nova escrava.
Deveras do sofrer é bom tormento,
É vulcão que derrama tanta lava.

Não faça do que é belo teu porvir,
Verás que nada vem e sabes disso.
Portanto nada tenho a te pedir,
Nem quero converter em compromisso.

Amada se afagamos nosso egos,
Vivendo por demais sem ter motivo,
Prendemos a nossa alma em podres pregos,
Em sonho por demais, sem gozo, altivo...

Amar é ser feliz no paraíso,
Porém esqueça o lago, vê Narciso!






Tantos dons repartidos pelas musas,
Permita que deus Eros me acumule.
As ninfas vão decerto mais confusas,
Amando quem quiser que se estimule.

Onan em desespero, sem amada
Amando sob estrelas não desperta
Morfeus que nessa noite diz mais nada
Embora em Afrodite, aceso alerta.

Depois desta loucura, uma bacante
Em plena redenção, Hermes se explana,
Procura por Minerva tal amante,
Encontra os belos seios de Diana.

Em meio a tantas deusas, meu porquê,
Encontro aqui do lado, e é você!








Aquele que somente se perder
Nas asas deste amor mais envolvente
Verá que encontrará no mesmo ser
A boca que mordendo, sangra e mente.

Não mais que certas coisas na lembrança
Guardei do que desprezo; me deixaste
O vento que trazia essa mudança,
Se avança rebentando uma fina haste.

Isento dos percursos da paixão
Escrevo meu futuro em teu passado.
Não presto mais a mínima atenção
Ao gosto que roubamos do pecado.

Sorvendo cada gota do teu gozo,
A mando deste amor tão desditoso...






Venço e não convenço mas converso
E sabes que nas sebes que segui
O vasto do universo deste verso
Em tramas que teimamos só por ti.

Não minto se te sinto mais por certo,
Absinto me embriaga mas não salva.
Navego tantas noites num deserto
Em plena tempestade, na lua alva.

Magoas se me beijas e deságuas
Amores nestas telas descoradas.
Os rios e cascatas perdem águas
Nas mágoas minhas fráguas desaguadas.

No mármore que amor amaro quebra
O gosto inebriante da genebra...





Aquele que escapar do mau amor
Embrenha seu futuro em plena sorte,
Fugindo deste inferno, sem calor
Aguarda bem mais calmo, a sua morte...

Amor que me parece ter dois gumes,
Cortante ao mesmo tempo, caricia.
Das luas em que rouba tantos lumes,
Amor que tanto apruma já vicia.

Herméticos meus versos pueris
Talvez de amor não façam suas tendas
Amando com palavras mais gentis,
Tampando a claridade, negras vendas.

Agora, num minuto já te digo,
Amor quando é demais, sou teu amigo...







A solidão chegando no meu canto
Em prantos e torturas faz seu mote.
Sabendo que o amor precisa encanto
Na cama não há chama que me esgote.

Noturnos os desejos mais sedentos
Se adendos e barganhas eu desfaço,
Disfarço tantos óleos que sei bentos,
Nos dentes que mergulham no teu braço.

Amar demais não custa nem descarto
Embora vá rolando tão sozinho...
Aberto o coração ao novo parto,
Aguardo, calmamente no meu ninho...

Não temo a solidão, é companheira,
Embora eu te prefira a noite inteira...






Segredo que te conto meu amor,
É feito da saudade que deixaste.
A pele em minha pele, o bom calor,
Derrubas com carinho, feroz haste.

Não tenho mais segredos para a lua
Portanto não precisa ter vergonha,
Depressa minha amada, fica nua,
A boca em minha boca, vem e ponha.

Desnude-te de todos os receios,
A lua nos convida, para o jogo.
A boca percorrendo doces seios
Acende nessa noite nosso fogo..

E venha sem temer, tanto te quis,
Aguardo simplesmente ser feliz!






Anoiteceu, vibra um sentimento
Que faz com que me perca sem temer.
Avanço como um louco, o pensamento
Colado no teu corpo, no teu ser...

Te Beijando e também sendo beijado
Suaves os carinhos sem ter medo.
O gosto e a delícia do pecado
Inventam num segundo outro segredo.

Amor me transportando, tonto, ao céu,
Arranca tua roupa e nada fala,
A noite te prometo, seu corcel,
Será da mais sublime e nobre gala.

Os sonhos que sonhamos neste quarto,
Amor de tanto amor, dormindo farto...






Amada quem me dera se não fosses,
A noite que te trago é plena festa.
Os lábios se desejam tantos doces
E nada do sofrer, conosco resta.

Não deixe que essa noite te carregue
Nos braços deste sonho sem me ter.
Amor quando de amor já morre entregue
De tanto amor merece se fazer.

Saber que tu partiste, minha amada,
É quase que morrer na solidão,
Por isso não responda e fale nada
Acorda com carinho o coração.

E fique do meu lado, minha lua,
A noite após a noite, continua...



Eu quero o teu amor, mesmo que ausente,
Vagando pelos sonhos, sem pousada...
Encosto minha boca e se pressente
Que tanto que te amei, foi quase nada...

Mas quero teu amor, vivo e sedento,
Escorre minha vida pelos dedos.
Ardendo um coração em fogo lento,
Na voz quase serena, meus segredos...

Deitado, sem saber sequer o sono,
Espero pelo toque que não vem...
Aguardo tão vazio, no abandono,
Na porta que entreabro vem ninguém...

Mas saiba que te espero e não me canso...
Terei, quando vieres, meu remanso...





Canção do Amor Demais

Deitada nesta sala, adormecida
Te vejo ressonar, tão calmamente...
Amada que se fez bem mais querida
E deita em minha cama, minha amante...

Ao ver sua nudez, já descortino
Futuro tão tranqüilo que preciso...
Amor que me invadiu desde menino,
Agora reconheço em paraíso...

Eu quero te tocar cada segundo
Sabendo que não tenho mais tormento
Em cada nova senda me aprofundo
Da boca irei sorver o meu provento...

Amando quem sonhara em juventude,
Assim amar demais; mais do que pude...






A vida me promete a primavera
Talvez a derradeira em minha vida...
Não sei mais se resisto a tanta espera.
Não se demore tanto assim, querida...

Saudade corroendo pouco a pouco,
A primavera passa tão depressa...
Em grito desumano, amor tão rouco,
Aguarda mas precisa; tenho pressa!

Fechando os tristes olhos devagar,
Divago sobre quem já foi embora.
Não tarde meu amor, o teu chegar,
A solidão em tudo me devora...

Espero, ansiosamente por teu sol,
Meus olhos te buscando, girassol...






Espero meu amor por um mais um dia
Quem sabe me trarás uma outra vida...
Sabendo que minha alma se perdia,
Virás e salvarás da despedida...

Amor que não se jura e se comete,
Que em loucas sinfonias se entrelaça
Amor que não precisa nem promete
Vivendo caçador virando caça.

Amor que não mais temo simples amo,
A quem sempre obedeço e nunca nego.
Pois saibas meu amor que eu sempre te amo,
Amor é manso fado que carrego...

Te quero meu amor, dia após dia
Por dias e por vidas, fantasia...





A vida sem você não tem sentido,
Eu quero poder ser o companheiro
Que trama cada sonho dividido
Dormindo do seu lado, por inteiro...

Eu quero seu perfume em meus lábios,
Na doce maciez de sua boca.
Os dedos conhecendo sendo sábios,
Invadem sua pele, a voz mais rouca...

Eu quero ser o pássaro que voa
Adentra nessas matas mais fechadas,
O canto que em meu canto já ressoa,
A mando dessas mãos por mim amadas...

Sabendo cada canto de seu colo,
Penetra, mansamente no seu solo...



Amada que te quero namorada
Fazendo dos meus dias uma espera
No amor de quase tudo em quase nada
Que acalma e que delira, gozo e fera...

Não sabes quem eu sou mas te prometo
Os sonhos que me dás em sedução.
Os erros que talvez nunca cometo,
Esperam minha amada, o teu perdão.

Namoro, na verdade, nunca tive
Se bem que sempre expus toda a minha alma.
Andando por poemas onde estive,
A lua redentora, sei na palma.

A minha namorada verdadeira
Se esconde por detrás da vida inteira...





Devora uma paixão solenemente
Não cabe nem espaço para a paz.
Tomando cada canto deste mente
Paixão me inutiliza, tanto audaz.

Não penso mais em ter a liberdade
Liberto que me encontro em tal paixão
Brilhando não consigo claridade,
Do sim sempre mergulho em pleno não.

Faminto nunca fico saciado,
Sedento, no oceano em que me encontro.
Não deixo respirar o ser amado,
Em paz já necessito desencontro.

Mergulho sobre as pedras, sem ter medo,
Apaixonadamente, um desenredo...






Amor que me acompanha a vida inteira
Desde que a juventude começava...
Tivesse o teu carinho, companheira,
Nas asas que me deste, enfim voava...

Mas amor se egoísta nega o vôo,
As asas se podando, não libertam.
Amor que por amar assim, perdôo,
Embora tantos sonhos já desertam...

Te quero minha amada, não o nego,
E cada vez mais perto e mais distante.
Se liberdade é tudo o que carrego,
Por mais que tu me queiras, é bastante?

Não temas pelas asas, ó querida,
Eu tenho nosso amor, por toda a vida...






Quem somente uma vez amou na vida
Espera que esse amor nunca se acabe...
Por isso te esperando, vem querida,
Tristeza no meu peito não mais cabe...

Eu quero tuas mãos, tão mansas mãos...
Nas minhas, me trazendo maciez
Não deixem que se tornem, vagos, vãos,
Os dias em que tanto amor se fez...

Somente por um dia não me basta,
Amor que quero sempre, por inteiro...
A vida não seria essa vergasta
Que corta com prazer tão costumeiro...

Quem sabe nosso amor possa me dar,
Razão para entender o que é se amar...






Amor que me acostuma assim tão mal
Que nada mais consigo nem pensar,
Vivendo tanto amor, sou, afinal,
Estrela que brilhou em meio ao mar...

Não posso mais seguir sem teu abraço,
Que fazer dessa vida que não quero,
Prefiro mergulhar no teu cansaço,
Amar amor que sempre foi sincero...

Mas nada do que digo representa
A gota que querias deste orvalho.
A gente sem querer, por vezes tenta
Mas sabe que comete um ato falho,

E deixa nosso amor em sofrimento,
Que faço, meu amor, do sentimento?






Por que zombar assim dos meus amores
Loucuras e desejos se misturam,
Ao mesmo tempo causam tantas dores
Ao fim da noite vêm e já nos curam...

Não zombes do que sinto, podes ver
Nos olhos que te adoram, tantas luzes...
Amada quanto bem tem te querer
Não peço que suporte minhas cruzes.

Apenas não te peço nada mais
Que estar na minha noite mais feliz,
Da lua que trouxeste sem jamais
Roubar deste luar qualquer matiz...

Não deixe que o amor cedo desfaça
Dancemos nosso amor em plena praça!








Tristeza que por certo não põe mesa
Ao mesmo tempo espreita sem ter pena.
Vasculha procurando por princesa
Encontra, nos envolve e logo acena.

Tristeza desse amar mais do que pude
Revolta nas entranhas dando nojo,
Acaba com meus sonhos, sem saúde,
Invade minha vida, e toma o bojo.

Tristeza sem desculpas quer voltar
E nada que eu fizer pode contê-la
Amor por mais que traga meu luar
Tristeza é qual cadente e morta estrela.

Porém não deixe nada p’ra depois,
A noite, sem tristeza, é de nós dois!






Amor que dessa dor fez seu ocaso
Renasce no perdão do novo amor.
A vida não permite tanto acaso,
Se caso novamente amor e dor.

Nos portos do ciúme quando encalha,
Amor não deixa mais um só recado.
Amor quando transforma na batalha,
Aos poucos destruindo o ser amado.

Tem dó de quem amou e agora pede
Amor de quem jamais sofreu de amor.
Amada nada forte nos impede
Receba deste amor, o salvador.

Bem junto dos meus braços, vem morena,
Ao menos por sentir apenas pena...






Essa hora está chegando amigo meu;
Tristeza se aproveita e dá recado.
Meu verso vai sangrando mais ateu
Envolto sem perfume, no pecado.

Nos bares que tomamos mais um trago
Milhares e milhares de saideiras.
A lua tão charmosa faz estrago;
As pernas das mulheres, verdadeiras...

Depois de tanta lua a noite morre
No colo da morena que escolhi.
Cabeça vai girando, estou de porre;
Porém mais um amor, sobrevivi...

Depressa meu amigo, vem ligeiro,
Que o dia vem chegando, sorrateiro...

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